O silêncio da juventude reflete a submissão de uma sociedade apática e acomodada.
Uma juventude que foi silenciada no decorrer dos anos. Uma juventude que conseguiu destruir o que o Brasil tinha de mais tenebroso em seus anos de ditadura: O  Medo.
Jovens no século passado marcharam em direção à Revolução e conseguiram destruir barreiras políticas, sociais e psicológicas. Uma geração capaz de provocar arrepios em chefes políticos e parlamentares. Uma geração que nos deu a possibilidade de provar sem medo o doce sabor da liberdade.
Uma semente de esperança foi brotada em um solo marcado pelo poder irresponsável. Os jovens daquele século foram capazes de renovar a fé e a coragem de milhões de pessoas, e graças a esse espírito conseguiram transformar algo que parecia impossível. Os militares não foram capazes de suprimir a força desses jovens. Mesmo lutando contra armas, torturas e  muitas vezes contra a própria morte, eles seguiram sem olhar para trás, sem olhar para o medo.
A recompensa veio. A liberdade não era privilégio, e sim um direito, uma graça.
A pior parte dessa linda história está no futuro. Os filhos dessa geração não são dignos de carregar em sua alma os sacrifícios desses heróis. Eles são fracos, submissos e fúteis,
 A juventude do século XXI não possui espírito de Revolução. O sentimento de revolta foi suprimido de sua alma. Foi substituída pela televisão, internet e pelas modinhas. Os leões do século XX se transformaram em doces gazelas domesticadas do século XXI.
O cenário piora um pouquinho quando incluímos a juventude cristã nessa concepção. Os jovens cristãos sumiram do mundo, estão afundados em eventos sociais e escravizados pelos demônios mundanos. Infelizmente, os jovens da nova geração demonstram um sentimento preocupante de ignorância e estupidez.
Posso materializar essa concepção de uma maneira prática. Já faz um bom tempo que não vejo a cara do movimento jovem da cidade onde eu moro. Eles Sumiram. Estão escondidos nos bancos das Igrejas, vistos somente aos domingos estampando camisetas chamativas. Não existe “movimento”, está tudo estagnado, paralisado, morto. È tudo um grande faz de conta, uma fábula que começa e termina aos domingos, nas missas. Depois disso, todos voltam ao habita natural.  
Grupos e movimentos jovens cristãos se transformaram em imagens simbólicas de uma evangelização falha e sem conteúdo. Os jovens evangelizadores cristãos não têm mais tempo para nada, mas em compensação abarrotam redes sociais de fotos levantando copos de cervejas e garrafas de álcool. Esqueceram que ser jovem cristão está bem longe disso. E pior, para justificar este tipo de atitude, eles mesmos inventaram um novo método de ser cristão. Na mentalidade perturbadora deles é perfeitamente possível aliar esse tipo de vida mundana com a vida cristã. O interessante é que os jovens do mundo já fazem isso, não é novidade pra ninguém.  
E nessa enganação mútua continuam se reunindo em Igrejas e brincando de ser cristão.
Como se Jesus Cristo fosse complacente com esse tipo de comportamento.
O dia a dia desses jovens cristãos explica parcialmente o declínio histórico vivido por essa geração. E nos leva a uma triste conclusão: se até mesmo os jovens de Deus estão entregues aos demônios desse mundo... Imagine a gente! Acho que estamos perdidos de vez!



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