1 ª parte
O grupo de jovem SHAMAR foi uma pastoral da Igreja São Pedro e São Paulo de Taguatinga. Um grupo de jovens cristãos criado sobre a desconfiança do padre João Firmino que logo no inicio demonstrou toda a sua pouca vontade com o destino do grupo que logo, logo iria se formar. Mesmo assim, dois jovens se comprometeram em assumir a responsabilidade de conduzir uma missão importante dentro da nossa sociedade: a de orientar jovens para o caminho da liderança cristã, mesmo com a insatisfação do líder da nossa igreja.
Em menos de 1 ano mais de 100 jovens já haviam  visitado o grupo. Destes, 40 de maneira constante. Tudo fotografado e eternizado em numerosas atas de reuniões. O grupo realizou trabalhos incessantes: HALLEL, Encontros, Crisma, Catequese, Arquidiocese e vários outros trabalhos dentro da própria Igreja.
Tudo isso sem apoio nenhum, sem ajuda. Tudo era feito pela graça de Cristo, e nada mais.
Os coordenadores deixaram sua vida social em segundo plano, pois o chamado de Deus era maior. A dedicação valia a pena, os resultados eram animadores.
Belas histórias. Ótimas amizades. Tudo isso sem precisar de bebidas. Do jeito que tem que ser.
Contudo, isso não foi suficiente. Nada disso foi bom demais. O reconhecimento não veio. Muito pelo contrário.
Em contrapartida, o Movimento Segue-Me surgia em nossa paróquia. Um movimento de jovens cristãos com uma organização incrível, sustentada pelos principais homens da paróquia. Tios, padrinhos e primos influentes que fortaleciam e desenvolviam o movimento numa estrutura bem longe da nossa realidade. A vontade de realizar trabalhos conjuntos logo foi  cogitada. Seria muito bom para os jovens da paróquia.
Infelizmente, o coordenador do grupo de jovem decidiu tomar uma atitude que mudaria esse cenário para sempre. Ele criticou o que não deveria criticar. A harmonia dentro da Paróquia não suporta a pressão a crítica. Todos se revoltaram.
Suas críticas não foram bem aceitas pelo movimento Segue-Me. O resultado dessa atitude veio de uma maneira lenta e mortal. O Grupo de Jovens SHAMAR foi se esvaindo pouco a pouco. Sem apoio. Sem espaço. Esquecidos. Cozinhados em banho Maria. Sabotados no silêncio
Não daria para colocar nessa matéria a indignação em relatar os últimos dias desse Grupo de Jovens. É vergonhoso descrever as humilhações vividas diante daquele quadro. Todos os membros que iniciavam sua caminhada no movimento segue-me mudaram radicalmente. Nem olhavam mais em nossa cara. Os mesmos que até bem pouco tempo atrás dançavam, rezavam e riam ao nosso lado. A situação ficou insuportável. Os eventos do Grupo de Jovens eram vergonhosos, vazios. Os jovens sumiram, estavam em outro local mais animado, onde se podia beber a vontade, sem represálias.
O grupo jovem SHAMAR morreu feito um indigente. Sem funeral ou amigos. Um primo pobre de uma paróquia mal-agradecida. Porque ajudar um grupo de jovens se temos um grupo bem mais forte e estruturado? O raciocínio era lógico e consensual. E dessa forma, a escolha do padre foi  óbvia e fria.
Fui coordenador desse Grupo de Jovem e hoje me pergunto por que perdi tanto tempo da minha vida me dedicando para pessoas que hoje viram as costas para mim. Talvez esse seja o caminho de Cristo que todos falam. Pura besteira! Queria ter uma máquina do tempo nesse momento para reparar um dos maiores erros da minha vida. Talvez dessa forma, a grande parte das pessoas que hoje fingem que não me conhecem, estariam bem longe da Igreja, onde acho que deveria ser o lugar delas!!



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