DEBATE NA BAND
Na verdade, pouca coisa pode se acrescentar com o debate de
ontem. As acusações foram a principal arma utilizada pelos candidatos que em
todo comentário que pudessem sempre emitiam alguma alfinetada para desmoralizar
ou ridicularizar o Governo do outro. A candidata Dilma mais uma vez tentou
conciliar Aécio Neves às falhas do seu Governo em Minas Gerais, tentando passar
aos eleitores uma imagem de irresponsabilidade. Já o candidato Aécio
evidenciava a queda vivida pelo Brasil em seu crescimento econômico para montar
seu projeto de mudança.
A interpretação, literalmente, foi diferente em muitas
ocasiões. O mesmo fato era encarado e demonstrado de maneira diferente pelos
candidatos o que provoca confusões nos eleitores que não acompanham a rotina
política do país e não estão acostumados com notícias advindas do universo
político.
O nervosismo da candidata Dilma era latente, tanto que em
várias situações gaguejava na elaboração de perguntas e se enrolava em
responder perguntas simples.
O debate falhou na apresentação de propostas. Os candidatos
apresentaram poucas novidades de propostas em relação aos outros debates, o que
é ruim para o eleitor que acaba não tendo muitos parâmetros de comparação e
acaba tomando como base o conjunto da obra para tomar sua decisão. O desespero
do PT (Partido dos Trabalhadores) acaba dificultando ainda mais o debate, pois
como em todos os outros debates que já vi até aqui, a tática política utilizada
pelo PT quando ele está perdendo é o da “Comparação e do Ataque”, as propostas
ficam um pouco de lado, pudemos observar isso nessa mesma eleição quando a
candidata Marina Silva começou a subir nas pesquisas de opinião, a chuva de
comparações e acusações se abateu sobre a nobre candidata, motivo pelo qual ela
resolveu apoiar Aécio Neves neste segundo turno.
Aécio também tem muitas coisas para explicar para o eleitor,
mas isso já se estende ao campo jurídico. Não se pode especular em cima de
acusações que o Pode Judiciário ainda não se pronunciou. Como a presidente
Dilma mesmo diz, quando foi perguntada sobre os corruptos presos pelo STF, ela não
pode se pronunciar sobre decisões da Corte maior do Poder Judiciário. Aécio
seguiu o mesmo caminho.
“Todo mundo é inocente
até que se prove o contrário”.
O que podemos concluir é que muita coisa pode mudar até o
dia da votação. Contudo, duas coisas são evidentes: A subida surpreendente de
Aécio neves nesta reta final de campanha e o desespero do PT que já está
preocupado com a derrota que neste momento já é bem real.
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