MARCOS COSTHA

Depois do resultado parcial das eleições já podemos configurar algumas teses: a primeira é a de que podemos constatar que o BOLSA FAMÌLIA do Governo do PT ainda é o marco que alicerça a base de Governo da Presidente Dilma nas regiões Norte e principalmente na região Nordeste. Graças a esse projeto social que direciona dinheiro a famílias de baixa renda o PT consegue se manter no poder a tantos e tantos anos. Prova disso é a quantidade de votos significativa que a candidata Dilma Roussef conseguiu conquistar nesse eleitorado, o que demonstra que a população do Norte e Nordeste ainda sonha em manter por pelo menos mais 04 anos todos os benefícios sociais “doados” pelo PT. Agora, temos todo o segundo turno das eleições para ver o que fala mais alto: a dependência econômica e social do Norte, Nordeste pelos projetos sociais de ganho financeiro ou o grito de Mudança Política das outras regiões brasileiras.

A segunda tese é a de que mesmo com tantos anseios público e manifestações sociais em várias cidades do nosso país ocorridas neste ano é fato de que grande parte dos cidadãos brasileiros ainda não aprendeu o significado da palavra voto. Chega a ser triste ver uma sociedade tão desinteressada e ignorante. Pessoas que não se interessaram em estudar seus candidatos ou passado dos seus candidatos e votaram simplesmente por “ajudas financeiras”, influências familiares e outros fatores sem valor ou peso social colocando no poder candidatos que usaram do poder econômico ou da influência para conquistar o tão sonhado cargo político. É como se essa escolha não fosse afetar a vida ou o futuro de todas as outras pessoas que de uma forma ou de outra sofrem diariamente com a omissão e o despreparo desses políticos que entram no poder sem nenhuma preocupação com a população e não fazem nada para ajudar a nossa sociedade, e apenas utilizam esses quatro anos de serviço político para aumentar as contas bancárias e fixar raízes políticas difíceis de arrancar.

Podemos perceber também que esse tal de coeficiente eleitoral ainda confunde a cabeça de muita gente, e mesmo assim ainda é utilizado para eleger candidatos que tiveram pouca quantidade de votos, enquanto outros com votação muito maior ficaram a ver navios. É muito estranho ver pessoas que nem sabem o que coeficiente eleitoral significa votar. Entretanto, isso não me surpreende mais, pois estamos no Brasil, e existem coisas que realmente só acontecem por aqui...

  MARCOS COSTHA