ÓRGÃO EXCRETOR NÃO REPRODUZ

Foi com essa declaração que Levir Fidelix, candidato ao governo do nosso país, conseguiu suscitar a ira de diversas pessoas no debate presidencial para as Eleições 2014, principalmente daquelas que protegem e defendem as chamadas “minorias”, classe onde se incluem os homossexuais e outros grupos que agora não vem ao caso. Dentro desses parâmetros podemos destacar pontos importantes a serem destacados, mas vou me concentrar somente em um, o que eu acho mais importante, a liberdade de expressão.

É difícil saber até onde podemos expressar nossa opinião, ou até que ponto nossa opinião pode denegrir ou ofender pessoas ou classes sociais. A Constituição garante a liberdade de nos expressar em qualquer situação, contanto que isso não afete a índole ou a imagem das outras pessoas. Entretanto, medir até que ponto isso pode ou não acontecer que é o difícil.  O que para mim parece uma simples expressão de opinião para outras se configura como uma ofensa disfarçada. Levir Fidélix assumiu uma responsabilidade muito grande quando resolveu abordar um tema tão delicado de uma maneira tão rude. Por mais que não tenha sido ilegal foi imoral a forma como ele expressou sua opinião diante de um tema que traz tantos e tantos inconvenientes em nossa sociedade. Muitos homossexuais são perseguidos, humilhados e até mortos por causa da sua opção sexual. Assim como outros tantos que não respeitam e nem se solidarizam com a boa educação e acabam transformando praças públicas e ambientes públicos em quartos de motel e bancos de carros. Mas, como disse anteriormente, isso não vem ao caso. O que importa agora é expressar a minha opinião de que o nobre candidato ao Governo do nosso país foi muito infeliz em sua declaração. Não ilegal, mas nem um pouco ético.

O jornal britânico "The Guardian", um dos mais renomados do mundo, tratou os comentários de Levy Fidelix como uma noite "triste para a democracia brasileira e para a tolerância". A publicação europeia também afirmou que o penúltimo debate televisivo antes da eleição presidencial brasileira foi "ofuscado" pelo "discurso homofóbico" de um dos candidatos "nanicos" na corrida eleitoral. (Fonte G1).

Existiam pelo menos umas cem formas do candidato Levir Fidélix expressar seu ponto de vista de uma maneira bem menos desrespeitosa e odiosa, pelo menos foi o que pareceu. Em vez disso, ele escolheu a forma mais complicada para ele e para o seu futuro político. Por mais que aquela seja a opinião de muitas pessoas não podemos compactuar com esse tipo de declaração, pois ela brota discórdia, ódio e inflama o caráter vingativo e separatista de alguns grupos sociais que matam e espancam por bem menos.

A liberdade de expressão é um direito que deve ser moderado e repensado para que não seja desculpa para declarações que gerem violência e exclusão social. A moderação política é ponto fundamental para que um chefe de Estado possa se relacionar bem com todas as classes ou grupos.

MARCOS COSTHA



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