A justiça brasileira é uma piada quando o quesito é condenar os patrões da política. Prova disso foi o julgamento do mensalão que por pouco não acabou com uma enorme pizza como tantos e tantos outros casos de corrupção desse país. O herói dessa condenação, o ministro Joaquim Barbosa, foi ovacionado como salvador brasileiro quando mandou para a cadeia a corja de corruptos liderada por José Dirceu (PT). Ele só não esperava que tanto trabalho não fosse adiantar muita coisa. Atualmente, os principais articuladores do mensalão já se encontram em casa cumprindo prisão domiciliar.

Prova disso é que poucos meses depois já podemos testemunhar o fechamento de um ciclo vergonhoso de impunidade política e jurídica desse país, José Dirceu acaba de ser liberado para cumprir o restante da pena em casa. Menos de um ano depois o homem apontado como o líder de uma quadrilha está prestes a rir um pouco mais da cara de todos os brasileiros sentado em sua residência curtindo sua vida tranquilamente. A justiça brasileira joga em celas sujas, superlotadas e fedorentas criminosos, em sua maioria pobre, que não tem assistência de bons advogados e por isso são massacrados em julgamentos e apenados com todo o rigor da lei. Em contrapartida, podemos constatar que a justiça só é válida nesses casos, percebemos que quando o dinheiro é alto a lei é branda, suave. E que a sentença e a execução da pena são diferentes quando a conta bancária do acusado fala mais alto


O que podemos fazer quando não acreditamos na instituição que deveria zelar pela segurança jurídica e pela sensação de justiça em nossa sociedade? O STF não consegue demonstrar seu poder porque é uma extensão jurídica do Partido dos Trabalhadores e porque também luta diariamente contra os melhores advogados do país que sabem muito bem utilizar as brechas enormes que o nosso sistema jurídico proporciona. Não podemos medir até que ponto a interferência política do PT muda as decisões jurídicas do STF, mas já podemos imaginar que nesse mundo obscuro da política brasileira muita coisa podre acontece. No final do mandato da presidente Dilma o STF será um covil de defensores petistas, por mais que o politicamente correto diga que a imparcialidade dos ministros sempre será preservada, na prática, a realidade é outra completamente diferente.

Marcos Costha

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