MARCOS COSTHA

Bem, mais uma vez a religião é a causa velada e principal para um extermínio brutal e covarde de pessoas inocentes. Fiéis, se assim se pode dizer,  usam de pretextos religiosos para disseminar violência, morte e ódio contra tudo e contra todos que vão contra os seus dogmas religiosos, como se todo mundo fosse obrigado a aceitar tudo calado. Simples covardes! Os inocentes de Charlie Hebdo tiveram a sentença de Maomé, isso segundo os fanáticos que fuzilaram e mataram pessoas em um prédio em Paris. Paris acordou de luto, chorando seus mortos inocentes.

A liberdade de expressão se contrasta com o respeito religioso e fica difícil saber aonde começa um e aonde termina o outro. O que sabemos é que pessoas inocentes morrem enquanto outras, que se dizem enviados por um Deus, comemoram eufóricas por uma vingança que só existe na cabeça desses loucos fanáticos. A religião é a causa principal das mais sangrentas e brutais guerras da era moderna, e já é responsável também pela incrível onda separatista que avança no oriente. Pessoas utilizam interpretações próprias para justificar, em nome de Deus, barbáries e diversos atos desumanos e cruéis que acabam deflagrando ódio e espanto ao redor do mundo. Não entendo muito bem de religião, mas acho que de acordo com algumas, isso seria papel do demônio, do capeta!

Deus não criou religiões, o homem sim as inventou a seu bel prazer. Inventadas e moldadas para que protejam seus povos e difundam ideais próprios, nada mais. Enquanto o fanatismo religioso carrega todos para o buraco do inferno, se isso realmente existir, continuamos a viver nessa realidade ilógica e humanista de achar que sempre a nossa religião é a certa, sempre acreditando que depois da morte seremos condecorados ou imortalizados por derramar sangue alheio em nome de Deuses que nunca pediram isso.

Aqui no Brasil a história é diferente somente no contexto, vivemos e provamos de diversas religiões, resta saber se alguma realmente vai nos levar para o céu ou para o inferno!... Difícil é saber qual realmente é a certa.

Minhas sinceras condolências para artistas que tiveram a prepotência de utilizar o único sentimento que Deus os concedeu para expressar suas opiniões: a criatividade. Lápis ao alto, nunca irão conseguir para os artistas das linhas, dos poemas, dos desenhos e das piadas.

Marcos Costha (Charlie Hebdo)