O Ministério Público tentou
evitar a confusão, mas não adiantou. Conseguiu na justiça que só a torcida do Palmeiras
assistisse ao jogo, o famoso jogo de uma torcida só. Essa medida evitaria
brigas entre as tão famosas torcidas organizadas, medida que já é tomada em
alguns países que também sofre com violência entre torcidas organizadas. Entre elas
a mais temida e perigosa torcida organizada do Brasil: a Gaviões da Fiel. Tudo ia
bem até que o presidente do Corinthians entrou em cena, com discursos
inflamados e com a conivência da Federação Paulista de Futebol a medida foi
revertida e com isso, cerca de 5% dos ingressos do jogo foram reservados a
torcida Gaviões da Fiel. Não é de hoje que o Corinthians mostra laços de
amizade e conivência com a torcida organizada Gaviões da Fiel, vários outros episódios são
marcados por esse estreitamento de contato entre diretoria e torcida
organizada, o que só reforça a tese de conivência e amizade.
A morte do garoto Kevin na Colômbia
não foi suficiente para colocar fim nessa torcida que é seguramente uma das
mais temidas do Brasil. Prova disso é a complacência dos membros da diretoria
da Gaviões com os acusados pela morte do garoto boliviano que nem sequer foram
expulsos da torcida. Muito pelo contrário, foram protegidos e hoje frequentam tranquilamente
todos os jogos do Corinthians como se nada tivesse acontecido.
O que impressiona em casos
como esse é a total incapacidade do Poder Público diante de uma situação como esta.
A falta de coragem de algumas autoridades chega a assustar. A torcida Gaviões
impõe medo e pavor em estádios brasileiros e absolutamente nada é feito para
coibir o “poder” que essa torcida tem dentro do estado de São Paulo. O Ministério
Público tentou impedir, mas é fraco demais diante de tantas e tantas pessoas
que se borram de medo diante dos “loucos” corinthianos.
É por causa desse tipo de
situação que pessoas inocentes não vão aos estádios. Famílias inteiras deixam
de usufruir de um lazer saudável, pois tem medo de frequentar estádios com medo
de uma pedrada, com medo de ser atingido por um rojão, com medo de morrer.
A coisa
sensata a ser fazer seria acabar de vez com essas torcidas organizadas, mas
falta coragem para as autoridades responsáveis.
A confusão e o quebra-quebra
de domingo só reforçam a tese de que já está na hora de acabar de vez com essas
torcidas organizadas, seja ele de que time for. Só dessa forma a família brasileira
não terá medo de sair no domingo para assistir e se divertir assistindo a um
bom jogo de futebol.
Marcos Costha
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