O governo estava doido para começar logo o Carnaval. Todo mundo sabe que a população, que já não bem instruída politicamente, já não se importa com mais nada nessa época, só com a diversão e com o feriado de 4 dias. Mas, diferentemente do resto do país, o Governo usou o feriado prolongado para começar a salvar a pele de políticos envolvidos na operação Lava a Jato da Polícia Federal, inclusive a presidente e o ex presidente do Brasil.

O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi convocado para se reunir com os advogados das principais empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato e tranqüilizá-los sobre os desdobramentos da operação. Fato que como sempre foi negado pelo envolvido que simplesmente disse que eram encontros normais, e que não foram tratados assuntos importantes. O estranho nisso é que nenhum desses assuntos constava na agenda oficial do Ministro da Justiça.

Um dos principais trunfos da operação Lava a Jato são as delações premiadas que permitem ao acusado diminuir suas penas em troca de informações importantes sobre o processo. Isso permite encontrar os verdadeiros responsáveis pelo esquema de corrupção, o manda chuva, o chefão. Fato que antes não acontecia, pois eles são muito bem protegidos. Com a delação premiada essa prisão de torna possível, pois os delatores relatam informações importantes em troca de redução de pena.

Contudo, aproveitando a diversão de Carnaval o Governo Federal usou uma manobra para dar início ao seu golpe. Agora tudo faz sentido. O Ministro da Justiça já sabia o que dizer para os advogados das empreiteiras. Tudo foi bem articulado, bem pensado e contou com um dos políticos mais influentes nas esferas do poder: Luiz Inácio Lula da Silva.

Brasil 14.02.2015
Agora ficou claro por que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse a um advogado de empreiteira, em reunião secreta, que a Operação Lava Jato "tomaria outro rumo" depois do carnaval e, portanto, ele "desaconselhava" que os executivos presos partissem para a delação premiada.
Em conluio com Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, dirigiu-se ao Tribunal de Contas da União (TCU), com uma Instrução Normativa redigida no Palácio do Planalto. Por essa Instrução Normativa, aprovada em tempo recorde, o TCU analisará concomitantemente com a Controladoria-Geral da União (CGU) os acordos de leniência firmados com o Estado. Isso garante que os acordos feitos no âmbito da CGU não correrão o risco de serem anulados depois pelo tribunal -- mesmo com um TCU dominado por PT e PMDB, as empreiteiras temiam essa possibilidade quando lhes propunham tal saída.
A aprovação da Instrução Normativa é ótima para Lula, Dilma e os larápios associados porque:
a) Acordos de leniência podem ser feitos diretamente com a CGU, sem passarem pela Justiça
b) Dessa forma, contorna-se o juiz Sergio Moro
c) Pelos termos de um acordo de leniência, as empresas reconhecem que praticaram os crimes, pagam uma multa e não são consideradas inidôneas. Podem continuar a assinar contratos com o governo em qualquer nível
d) Ao contrário do que ocorre com a delação premiada, elas não precisam contar tudo. Ou seja, que Lula e Dilma estão implicados até o pescoço no esquema do Petrolão
e) A chance de Dilma sofrer impeachment reduz-se dramaticamente, visto que será quase impossível imputar-lhe o crime de responsabilidade
f) Sem o perigo de falência, as empreiteiras podem dar um grande cala-a-boca ou um aguenta-aí-até-chegar-no-STF aos executivos presos e aos seus sócios em cana, como Ricardo Pessoa, da UTC, que ameaçavam seguir o caminho da delação premiada. A ameaça de Ricardo Pessoa de partir para a delação foi decisiva para o Planalto armar rapidamente o golpe
Luís Inácio Adams percorreu freneticamente os gabinetes dos ministros do TCU, acompanhado do ministro Bruno Dantas, para aprovar uma Instrução Normativa, repita-se, redigida no Palácio do Planalto, e não pelo ministro Bruno Dantas, como foi noticiado. Ninguém levantou a menor objeção.
A menos que um executivo preso ache insuportável a ideia de passar anos na cadeia, ainda que com o seu futuro assegurado economicamente, ou que a sociedade esboce reação, Luís Inácio salvou Luiz Inácio -- e Dilma.


 fonte: http://www.oantagonista.com/posts/luis-inacio-corre-para-salvar-luiz-inacio

Bem que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal avisou. Agora talvez já seja tarde!

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