Lei é lei e não se contesta, por mais que nos pareça estranho.
Marcos Acher foi fuzilado na última semana condenado por tráfico de drogas pelo Governo da Indonésia, o que acabou gerando um briga diplomática entre aquele país e o Governo brasileiro que chegou a pedir clemência pela vida do traficante brasileiro. A própria presidente Dilma intercedeu pela vida do brasileiro, mas não obteve êxito em seu pedido, e o brasileiro acabou morrendo nesse último sábado(17/01/2015).
Contudo, uma onda de opiniões diversas tomou conta do internet sobre essa execução. Algumas carregadas de emoções religiosas, outras cheias de clamor jurídico e outras de pura revolta. E por isso, não deixaria de emitir aqui a minha opinião.
Primeiramente, não é justo invocar preceitos religiosos para comentar sobre a execução desse brasileiro, até porque Deus nos deus o livre arbítrio para decidirmos nossos conflitos, e os resolvemos mediante leis que são aceitas por todos aqueles que as conhecem. Qualquer ser humano com o mínimo de conhecimento sabe que qualquer país desse mundo tem sua cultura, e consequentemente suas próprias leis. A diversidade cultural e legal é a marca profunda de um mundo enorme e que pode sim provocar perplexidade. A execução pode, em começo, nos parecer chocante, mas é algo normal dentro de uma cultura que adota a pena de morte como lei suprema para punir traficante de drogas. Isso não se contesta. Seria até desrespeitoso julgar ou penalizar esse país pela adoção dessa medida legal, pois eles são livres para adotar o que quiserem, desde que seja aceita como lei. Marcos Acher sabia disso, pagou pelo erro, ou pela ousadia sei lá.
A droga é a praga que ceifa milhares de vida inocentes todos os anos aqui no Brasil. Ninguém luta ou intercede por essas vítimas que morrem sem direito a defesa ou a justiça. Além disso, essas vítimas deixam famílias órfãs que são obrigadas e conviver com a dor da perda para o resto da vida. Enquanto a grande maioria se prende a preceitos religiosos, achando que Deus é que deve julgar essas pessoas, os bandidos e os traficantes se aproveitam dessa inocência social e difundem terror, medo e mortes nos locais onde se instalam. Nas mãos deles sim está o poder de decidir quem vive ou quem morre, eles decidem a hora em que â vítima inocente deve morrer. A pena de morte existe no brasil a muito tempo, e diferentemente da Indonésia tem a lei como cúmplice oculta.
Marcos Costha
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